Os preços da soja seguem trajetória de baixa no interior do Brasil. No porto de Paranaguá (PR), a saca encerrou a segunda-feira, 15, negociada, em média, a R$ 140,67 — queda de 0,40% no dia. Na comparação semanal, o recuo já chega a 0,75%, conforme dados do Centro de Estudos Avançado em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo a consultoria Agrifatto, a combinação entre o recuo da moeda norte-americana frente ao real e a realização de lucros das cotações da soja no mercado internacional influenciaram o movimento no início desta semana.
Nesta terça-feira, 16, o dólar segue em queda, pela quinta sessão consecutiva, negociado próximo a R$ 5,30. Em setembro, o câmbio registra perdas de 1,86%, enquanto que no ano, o recuo acumulado é de 13,89%
A pressão cambial recente ocorre em meio à expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve — banco central norte-americano —, que anuncia sua decisão na quarta-feira. No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária do Banco Central brasileiro também comunica o novo patamar da taxa Selic. Soma-se ao quadro os dados do mercado de trabalho no Brasil divulgados hoje e que mostram queda na taxa de desemprego, gerando otimismo com a economia.
Diante do contexto, a consultoria Safras&Mercado aponta para um mercado físico da soja registrando baixo volume de negócios no campo. “Tendência que já vem sendo observada nas últimas semanas”, traz o relatório.