O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (2) cotado a R$ 6,069, alta de 1,13%, registrando o maior valor histórico frente ao real. A moeda norte-americana se mantém acima de R$ 6 pela segunda sessão consecutiva, impulsionada por reações negativas do mercado financeiro ao pacote fiscal apresentado pelo governo federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com ministros e líderes do Congresso no Palácio do Planalto para discutir a proposta de emenda constitucional (PEC) que deve ser encaminhada ao Legislativo ainda hoje. O pacote prevê cortes de R$ 327 bilhões em gastos públicos nos próximos cinco anos, incluindo uma projeção de R$ 71,9 bilhões em 2025 e 2026.
Outro ponto polêmico é a promessa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que também gera apreensão no mercado. O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, reafirmou que a prioridade é a revisão de gastos antes de avançar com mudanças tributárias.
Além disso, o dólar se fortaleceu em relação a moedas de mercados emergentes devido às declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele ameaçou taxar em até 100% os produtos dos países do Brics caso insistam na criação de uma moeda própria para comércio internacional.
O índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas, registrava alta de 0,67% nesta segunda-feira (2), refletindo o ambiente de incerteza econômica global.