O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, indicou o deputado federal Eduardo Bolsonaro como líder da minoria na Câmara dos Deputados, em uma nova tentativa de livrá-lo da cassação de mandato por faltas. Isso porque líderes da Casa não tem faltas contabilizadas, de acordo com uma decisão do ex-presidente Eduardo Cunha, em 2015. O filho de Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, quando iniciou uma campanha em defesa de seu pai e contra a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A cassação por faltas permitiria que o deputado disputasse novamente as eleições em 2026. Com a cassação por quebra de decoro parlamentar, como solicitado pelos partidos de esquerda, o deputado ficaria inelegível. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recebeu, no mês passado, quatro pedidos de cassação de mandato contra Eduardo. “A decisão está baseada em um ato da Mesa Diretora de 2015. Comuniquei ao presidente Hugo Motta sobre essa decisão”, disse o líder o PL, Sóstenes Cavalcante (RJ).
A primeira delas é de fevereiro deste ano, quando o deputado já vinha realizando viagens frequentes aos EUA, ainda sob mandato parlamentar, e fazendo ataques ao Supremo Tribunal Federal. Os outros três pedidos foram protocolados após o presidente americano, Donald Trump, anunciar o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. As representações são de autoria do PT e do PSOL.