Empresário investigado na Operação Interceptio é solto com medidas cautelares

O empresário André Borges, um dos alvos da Operação Interceptio da Polícia Federal, foi solto nesta sexta-feira (19) após decisão do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). A informação foi confirmada pelos advogados que o representam, João Rodholfo Wertz e Stéphane Quintiliano. Borges deverá cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa à noite, de frequentar determinados locais e de manter contato com outras pessoas envolvidas no caso.

Segundo a defesa, a decisão considerou que Borges possui residência e emprego fixos e é réu primário. “Não haveria possibilidade do réu ter nenhum tipo de conduta antiética ou anti-jurídica dentro das investigações estando com as medidas cautelares vigentes, porque os crimes imputados a ele são de condutas indiretas, sem participação direta nos ilícitos”, explicou Wertz.

A Operação Interceptio investiga Borges e outros empresários de empresas de shows no estado por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Durante a ação, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão em cidades do Acre e de outros estados, incluindo Rondônia, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e São Paulo. Os irmãos John Muller, Mayon Ricary e Johnnes Lisboa, além do sócio Douglas Henrique da Cruz, também foram alvos da operação.

Além da investigação, a operação revelou que John Muller Lisboa ocupava um cargo comissionado na Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) com salário superior a R$ 6 mil mensais. O governo informou que ele será exonerado, mas até esta sexta-feira (18) a publicação da demissão ainda não havia saído no Diário Oficial do Estado. Enquanto isso, a apresentação do DJ Alok em Rio Branco, promovida por uma das empresas envolvidas, segue mantida.

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