O Ministério da Cultura de Lula (PT) terá orçamento recorde neste ano de 2023. A aprovação do Orçamento de 2023 já garantiu R$ 5,7 bilhões para a área. A esse valor se somam R$ 3,8 bilhões da Lei Paulo Gustavo, R$ 1,2 bilhão para a Condecine, contribuição que financia a atividade cinematográfica do país.
As cifras juntas chegam a mais de R$ 10 bilhões, valor histórico para a pasta. O número é ainda mais comemorado após os últimos quatro anos de estrangulamento do setor – o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro reservou R$ 2,1 bilhões para o ministério.
Enquanto isso, economistas dizem que para o Plano Safra 23/24, o governo de Lula vai precisar de um milagre, não de uma PEC
“Vai precisar de um milagre e não de uma PEC”, disse o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, porém não se distanciando da realidade em se tratando de como ficará o teto de gastos – ou os seus rombos.
O governo federal anuncia o financiamento ao investimento e custeio da agricultura em julho de cada ano, mas os debates entre o Ministério da Agricultura, da Economia (ou Fazenda, novamente, com Lula), parlamentares e as principais entidades de classe já vão para a pista de decolagem no máximo em março.
O último Plano Safra do presidente Jair Bolsonaro, de R$ 340 bilhões, 36% a mais que o anterior, tende a acabar antes.
Ano passado, o governo precisou rebolar para encaixar mais R$ 860 milhões de suplementação, em abril.
Não será diferente esse ano, em mais uma tarefa para 3º mandato petista, herdada do primeiro governo de Bolsonaro, justamente de frente com uma categoria que o vem rejeitando e ainda apoiada por uma Câmara e Senado conservadora e pró-agronegócio.