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Estadão, sobre José Dirceu: ‘Criminoso condenado por delitos graves’

O jornal O Estado de S. Paulo aborda, em texto publicado neste sábado, 16, o evento desta semana que agitou a elite política em área nobre de Brasília. A saber, a publicação faz alusão à festa de aniversário do petista José Dirceu.

Em editorial, conteúdo que representa a opinião institucional por parte de uma empresa de comunicação, o Estadão enfatiza o fato de a comemoração do aniversário do petista ter sido “concorrida”. Políticos, empresários, advogados e jornalistas marcaram presença na confraternização.

“O beija-mão que se viu naquela festa mostrou que nenhum dos inúmeros reveses jurídicos e políticos de que Dirceu padeceu por ter se metido em toda sorte de malfeitos durante os primeiros mandatos do presidente Lula da Silva parece ter lhe tirado os ares de consigliere“, afirma o jornal. “Reuniu em torno de si boa parte da cúpula do poder numa mansão do Lago Sul.”

Ao analisar a festa de aniversário de José Dirceu, o Estadão lembrou que o aniversariante da semana é alguém que foi condenado pela Justiça e chegou a ser “preso três vezes por corrupção”. Nesse sentido, o jornal aproveita para ironizar a situação — e afirmar que a comemoração mostra que a ressocialização do sistema prisional brasileiro funciona.

“Devidamente ressocializado depois de ter sido preso três vezes”

“Nem parecia que os cerca de 500 convidados do aniversariante — entre os quais figuravam políticos de todos os matizes, advogados, empresários e jornalistas — estavam reunidos em torno de um criminoso condenado por delitos graves em várias instâncias do Poder Judiciário”, afirma o Estadão, em trecho do editorial. “A comemoração pelos 78 anos de José Dirceu, na quinta-feira passada, mostra que o sistema penitenciário brasileiro funciona: o petista, devidamente ressocializado depois de ter sido preso três vezes.”

A íntegra do editorial sobre a festa de aniversário de José Dirceu está disponível no site do Estadão.

Quem é José Dirceu

Natural de Passa Quatro (MG), José Dirceu de Oliveira e Silva tem 78 anos e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), chegando a ser presidente nacional da legenda. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, ele foi ministro-chefe da Casa Civil, mas deixou o cargo em 2005, em meio às denúncias do Mensalão.

Preso em três oportunidades desde o início dos anos 2000, conforme ressaltou o Estadão, Dirceu chegou a ser preso na década de 1960, quando atuou em grupos armados contra o regime militar brasileiro. Em 1968, foi para o exílio ao ser trocado pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, que havia sido sequestrado por militantes da esquerda.

Na área política, cumpriu, de 1987 a 2022, seguidos mandatos como deputado estadual e deputado federal por São Paulo.

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