Com o objetivo de transformar o geoglifo Baixa Verde em atrativo turístico, o Instituto Geoglifos da Amazônia, em parceria com o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), realizou uma visita ao sítio arqueológico localizado na BR-317, em Senador Guiomard, para iniciar o processo de preparação do espaço para receber visitantes.
O diretor de Turismo da Sete, Jackson Viana, destacou que o governo deve formalizar, em breve, um termo de cooperação com o Instituto Geoglifos da Amazônia para desenvolver atividades turísticas na região. “A proposta é valorizar o turismo histórico-cultural e arqueológico no Acre e gerar mais um atrativo turístico para nossa população. Estamos muito felizes e em breve teremos novidades para toda população do estado”, afirma.
Os geoglifos são figuras esculpidas no solo há mais de dois mil anos. As estruturas, escavadas na terra e formadas por valetas, representam figuras perfeitas, de diferentes formas, sendo observadas na Amazônia Ocidental e, principalmente, no Acre.

O professor doutor Alceu Ranzi, presidente do Instituto, entidade responsável pela administração da área, ressaltou que o Baixa Verde está próximo dos sítios arqueológicos Severino Calazans e Jacó Sá. “Estamos no caminho que será a futura Rota dos Geoglifos e iniciamos os trabalhos para integrar o Baixa Verde ao turismo estadual. Será necessário limpar e preparar a área, instalar placas indicativas e disponibilizar esse patrimônio para visitação pública”, explicou.

A coordenadora ambiental da instituição, Judith Ferreira, reforça que o projeto tem como intuito desenvolver a área e cuidar da estrutura. “O Instituto Geoglifo da Amazônia tem por objetivo nesse primeiro primeiro momento, limpar a área para depois a gente fazer um espaço de visitação para turista, para os alunos das escolas das redes pública e privada, além da comunidade, que tem muita gente que ainda não conhece o que é um geoglifo, então nós estamos limpando para poder esse espaço ser de utilidade pública para todos que tiverem interesse em conhecer e visitar esse local”, disse.

O presidente da Acre Convention & Visitors Bureau, José Raimundo Morais, lembrou que a visita contou também com a participação de uma turma em formação no curso de guia de turismo, em parceria com o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec).

“Estamos mostrando para eles, desde o início, o que é o geoglifo, qual é a missão que ele tem de empoderar o nosso destino, que é muito importante. Além das nossas riquezas amazônicas, nós fomos premiados com os sítios arqueológicos. Poucas pessoas entendem o que são as estruturas, mas é um processo novo, informação que ainda está sendo objeto de pesquisa. Muitos turistas do Brasil e fora do país estão vindo para conhecer, então nós temos que conhecer todas essas informações para criar cada vez mais atrativo para que possamos crescer a indústria do turismo no Acre”, afirma.

A guia de turismo Vera Lúcia Santos, que atua em Rio Branco, compartilhou sua experiência em levar visitantes aos geoglifos. “As pessoas se encantam ao se deparar com esse espaço enigmático, de mistério. A gente fica muito feliz enquanto acreano, porque é um dos atrativos que têm crescido, ganhado corpo no nosso estado e isso enriquece o turismo local, a rede hoteleira e o trade turístico como um todo”, ressalta.