Como parte da programação técnica da Expoacre, a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), promoveu na manhã desta quinta-feira, 31, o 1º Encontro de Cafeicultoras do Acre com o objetivo de difundir a produção local e valorizar as mulheres produtoras.
Sob o slogan “Elas cultivam café, elas movem o Acre”, o ciclo de palestras abordou diversas temáticas como empreendedorismo feminino, tendências mercadológicas e sustentabilidade. A iniciativa buscou não apenas promover conhecimento, mas também ampliar a visibilidade das mulheres que atuam na cafeicultura, um setor historicamente dominado por homens.
A coordenadora do núcleo da cafeicultura da Seagri, Michelma Lima destacou o caráter simbólico e estratégico do encontro. “Esse é um marco importante para reconhecer e dar visibilidade ao trabalho das mulheres que vêm conquistando seu espaço. O governo do Acre tem se empenhado em apoiar todos os produtores, especialmente as mulheres, incentivando sua valorização em um ramo ainda predominantemente masculino”, afirmou.

Ela também define o Estado como um verdadeiro parceiro dos produtores de café, por meio de iniciativas significativas da Seagri. “Estamos sempre objetivando alavancar a produção local. Oferecemos capacitações, além do fomento da produção com a entrega de mudas e demais equipamentos necessários como adubo e calcário. Também realizamos o Qualicafé, um concurso valoroso que identifica, promove e premia produtores que prezam pela qualidade”.

Entre as participantes estava Luzimar Costa, produtora rural de Epitaciolândia, que investe na cultura do café desde 2019. Para ela, eventos como esse são essenciais para ampliar o conhecimento técnico e melhorar a qualidade da produção. “A maior dificuldade que enfrentamos é a falta de mão de obra qualificada. Esse tipo de apoio é fundamental para entendermos melhor o cultivo e evitar prejuízos. Conhecimento sempre é bem-vindo”, afirmou.

A programação contou ainda com uma mesa-redonda mediada pela jornalista Priscila Viudes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que promoveu a troca de experiências entre empreendedoras do setor. Ela enfatizou que “é fundamental reconhecer e valorizar o protagonismo das mulheres na cafeicultura”. “Muitas vezes, os homens aparecem à frente nas negociações, mas quem está no campo, cuidando, colhendo e garantindo a qualidade do café são elas”, pontuou.
