Um estudo preliminar publicado no início de fevereiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), avaliou os desafios para consolidar a exportação de algodão ao mercado peruano e, consequentemente, aos mercados dos países do Oceano Pacífico, por via dos corredores bioceânicos rodoviários.
O estudo analisou que a integração comercial, a articulação produtiva e as conexões de infraestrutura de transportes entre o Brasil e o Peru tiveram novo impulso com a construção da ponte do Abunã, em Rondônia, inaugurada em 2021, e com a criação da Zona de Desenvolvimento Amacro – anagrama em referência às siglas dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia –, rebatizada, recentemente, como Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira.
O estudo aponta que o Acre é um importante elo de interconexão do Brasil com o Peru, cujas relações de fronteira com o país vizinho são estratégicas. Destaca-se que, na última década, o Peru tem sido um dos dois principais destinos das exportações do estado. Nos dois últimos decênios, a execução de projetos de infraestrutura no estado permitiu uma maior integração com o Peru.
“O pacífico peruano ganharia importância como alternativa logística de escoamento e abastecimento das regiões brasileiras, sobretudo, àquelas distantes do Atlântico, como é o caso do oeste do Mato Grosso, Rondônia e Acre”, concluíram os autores que também examinaram que o desenvolvimento da exportação de algodão pela rota do Pacífico poderia ainda estimular as vendas de produtos cárneos, especialmente a exportação de carne bovina congelada e refrigerada.
Com informormações do Fórum Empresarial de Inovação e Deselvolvimento do Acre e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.