Os Estados Unidos realizaram, neste domingo (21), a interceptação de um navio petroleiro em águas internacionais próximas à costa da Venezuela. A operação, divulgada pelas agências de notícias Bloomberg e Reuters, representa a terceira ação dessa natureza em pouco mais de uma semana e a segunda apenas neste fim de semana.
A manobra integra a estratégia de pressão máxima exercida pela administração de Donald Trump contra o governo de Nicolás Maduro, visando restringir o fluxo econômico do país sul-americano.
Segundo informações preliminares, a embarcação interceptada foi identificada pela Bloomberg como Bella 1. O navio, que operava sob bandeira panamenha, estaria a caminho da Venezuela para realizar carregamento quando foi abordado. Relatos apontam que a Guarda Costeira americana teria perseguido o petroleiro, embora a localização exata e o horário da apreensão não tenham sido detalhados.
Fontes oficiais americanas, falando sob condição de anonimato, confirmaram que a ação está alinhada às recentes sanções econômicas impostas por Washington. Recentemente, a Casa Branca anunciou um “bloqueio total” a petroleiros sujeitos a sanções que entrem ou saiam de águas venezuelanas.
Escalada de tensões
A ofensiva americana no mar do Caribe tem se intensificado rapidamente:
10 de dezembro: Apreensão do petroleiro Skipper, alvo de sanções por ligações com o Irã;
Sábado (20): Apreensão do petroleiro Centuries;
Domingo (21): Interceptação do Bella 1;
Sobre a operação de sábado, a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, confirmou o confisco da embarcação em suas redes sociais, justificando que o país continuará a combater o transporte ilícito de petróleo utilizado para financiar o “narcoterrorismo” na região. Curiosamente, fontes indicaram que o navio apreendido no sábado não constava na lista oficial de sanções, diferentemente do alvo deste domingo.
Reação da Venezuela
O governo venezuelano classificou as ações como “pirataria internacional”. Minutos após a divulgação da nova interceptação, o presidente Nicolás Maduro condenou o que chamou de campanha de “terrorismo psicológico”.
Em comunicado, Maduro afirmou que o país enfrenta agressões de “corsários que assaltam petroleiros” e declarou que a Venezuela está preparada para responder e acelerar sua revolução, embora não tenha citado especificamente o incidente com o Bella 1. Anteriormente, o regime já havia declarado que tais atos não ficariam impunes, descrevendo o bloqueio americano como uma ameaça irracional.


