O Brasil manifestou forte oposição à Lei Antidesmatamento da União Europeia, que entrará em vigor em dezembro. Em uma carta entregue na última quarta-feira (11), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pediu a suspensão da lei e criticou a abordagem punitiva do bloco, afirmando que produtores brasileiros cumprem a legislação ambiental vigente. O ministro defendeu que o diálogo, e não a imposição, é o melhor caminho para lidar com questões ambientais.
A lei europeia exige que produtores de soja, carne, madeira, borracha, café e outros produtos comprovem que suas mercadorias não provêm de áreas desmatadas, incluindo desmatamento legal. Fávaro solicitou ao comissário europeu para Agricultura, Januz Wojciechowski, a prorrogação das medidas e espera uma resposta até 1º de outubro.
Caso o pedido seja negado, o Brasil buscará outros mecanismos para impedir a aplicação unilateral da lei. Fávaro ressaltou que a América do Sul também aderiu à Declaração Brasileira em defesa dessa prorrogação.