A Feira do Peixe, que acontece na Ceasa, em Rio Branco, surpreendeu quem decidiu colocar o pescado à venda nesta semana santa. Com o quilo mais caro em razão do aumento no custo da ração, o peixe ficou na geladeira e a população decidiu não levar para casa o produto. A situação amargou a programação que durou três dias, mas não agradou nem ao consumidor, nem aos produtores da capital e região.
A expectativa, segundo a prefeitura, era que fossem comercializados durante os três dias de feira, cerca de 120 toneladas de pescados, além de outras 400 toneladas de produtos hortifrutigranjeiros. Uma movimentação financeira de R$ 3,5 milhões. José Silva, que estava na feira com três tipos de peixe, relatou que apesar da venda baixa, vai ser possível tirar algum dinheiro extra, mas não o esperado.
“Estou com duas barracas, aqui e no mercado da Estação. Vendi umas três toneladas, mas eu tinha oito toneladas para vender. Esse ano foi muito devagar em relação aos outros, mas pelo que eu vendo vai dar para tirar algum dinheiro. Ano que vem eu não sei se vou participar, porque essa época chove e o ramal ficou muito ruim. Até meu carro deu problema quarta. Mas tem muita gente vindo, mas poucos compram”, comenta.
A servidora pública Francisca Saraiva é uma das clientes que reclamavam do preço do quilo. “Eu cheguei a comprar de dez reais, doze reais, mas esse ano está dezessete, então aumentou bastante. Eu sei que tudo aumentou, mas como somos muitos, não vou conseguir levar, porque ficou muito caro. Mas está bem organizado, só que o preço está alto”, reclama.
Cerca de 100 agricultores familiares, 35 piscicultores, 20 empreendimentos da economia solidária, 7 empresas privadas, comerciantes e atacadistas estão presentes da feira. A atividade é organizada pela Secretaria Municipal de Agropecuária (Seagro), comandada pelo secretário Eracides Caetano.
Por redação Diário do Acre, com informações de João Renato Jácome, do Notícias da Hora