Feminicídio no Exército: soldado confessa morte de cabo em quartel

A cabo Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos, musicista do Exército Brasileiro, morreu após um incêndio no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), no Setor Militar Urbano, na sexta-feira (5/12). A militar havia ingressado na Força em junho deste ano e atuava na fanfarra do batalhão. O 1º RCG lamentou a perda, destacando o profissionalismo e a dedicação da jovem.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas no fim da tarde e encontraram uma edificação em chamas, com grande quantidade de material combustível no local. As chamas foram controladas rapidamente, mas, durante o resfriamento, os socorristas localizaram o corpo carbonizado da cabo. A área foi isolada para a realização de perícias e início das investigações.

A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros abriram linhas de apuração, e a possibilidade de feminicídio passou a ser tratada como hipótese principal. Um soldado do Exército, identificado como Kelvin B., 21 anos, foi apontado como suspeito. Horas depois, ele confessou ter matado Maria de Lourdes, afirmando que o crime ocorreu após uma discussão relacionada a um suposto relacionamento extraconjugal.

Segundo o depoimento, a vítima teria sacado uma arma após exigir que o soldado terminasse seu relacionamento atual e a assumisse. Kelvin afirmou ter contido a pistola, tomado a faca da própria militar e desferido um golpe fatal no pescoço antes de incendiar o local. Preso preventivamente, ele será expulso das fileiras do Exército, que declarou prestar apoio à família e reforçou que crimes como esse não são tolerados pela instituição.

As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil, do Batalhão de Polícia do Exército e do Corpo de Bombeiros, que ainda trabalham para esclarecer completamente as circunstâncias do caso. Com informações do portal Metrópoles.

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