Durante a abertura de uma audiência no STF com representantes de 10 Estados para tratar das queimadas na Amazônia e no Pantanal, o ministro Flávio Dino afirmou que as ações discutidas têm como objetivo “evitar o fim do mundo”. Ele respondeu a críticas sobre sua decisão de autorizar crédito extraordinário para o combate aos incêndios, afirmando que “nunca viu na história alguém parar uma guerra por teto fiscal”.
Dino destacou que a sustentabilidade é um ativo econômico estratégico para o Brasil e afirmou que a verdadeira responsabilidade fiscal só existe com responsabilidade ambiental. No domingo, 15, ele autorizou a liberação de R$ 514 milhões para o controle de incêndios sem comprometer o novo marco fiscal. A audiência foi convocada diante da crise ambiental que afeta vários biomas brasileiros, com incêndios que já cobriram 60% do país com fumaça.
Além de governadores de Estados afetados, participaram da reunião representantes da AGU, PGR e o ministro Herman Benjamin, do STJ. Em agosto, o Brasil registrou o pior número de queimadas em 14 anos, com mais de 68 mil focos. Dino afirmou que o processo judicial sobre o tema só será finalizado quando todas as decisões do STF forem cumpridas.