FMI elogia nova gestão econômica liberal da Argentina e destaca ‘progressos impressionantes’

O enviado do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Argentina, Rodrigo Valdés, elogiou a nova gestão econômica liberal do país e destacou os “progressos impressionantes” obtidos pelo país vizinho.

“O caminho para a estabilização nunca é fácil”, disse Valdés, resumindo o programa econômico implementado pelo governo do presidente liberal Javier Milei.

A fala de Valdés confirma outras análises recentes de responsáveis ​​do FMI sobre a conjuntura argentina, e ocorreu durante a apresentação na reunião do IEFA Latam Forum, que decorreu hoje no hotel Four Seasons, em Buenos Aires.

FMI destaca queda da inflação na Argentina

O economista salientou a melhora de variáveis ​​como a inflação, que está registrando uma rápida baixa, e aumento das reservas do Banco Central.

O responsável destacou alguns marcos dos primeiros meses de gestão de Milei, como o superávit fiscal alcançado em janeiro e fevereiro, algo que foi alcançado “pela primeira vez em mais de uma década”.

“As reservas internacionais estão se recompondo, a inflação cai mais rapidamente do que estimávamos e a diferença cambial e o risco-país continuam caindo. Mas a herança foi pesada e o caminho para a estabilização nunca é fácil”, disse Valdés.

O economista destacou que o FMI “compartilha a visão das autoridades” sobre “uma economia mais próxima ao mercado”.

“As novas autoridades estão determinadas a implementar um ambicioso plano de estabilização para restaurar a ordem macroeconómica. É um plano centrado numa forte âncora fiscal, que elimina completamente o financiamento do Banco Central ao governo e implementa políticas para reduzir a inflação”, explicou o economista, que disse acreditar “que isto trará prosperidade ao país”.

Todavia, reiterou com “ênfase” um alerta sobre as possíveis consequências, pedindo “que o peso do ajuste não recaia desproporcionalmente sobre as famílias trabalhadoras”.

Valdés, ex ministro das Finanças do Chile, é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, responsável por analisar as economias dos países das Américas, inclusive da Argentina.

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