A executiva nacional do PSDB aprovou, por unanimidade, o avanço das negociações para a fusão com o Podemos, em uma votação realizada nesta terça-feira, 29. A decisão abriu caminho para a criação de uma nova legenda, provisoriamente chamada “PSDB+Podemos”. A fusão será submetida à convenção nacional dos partidos em 5 de junho, quando deverá ser ratificada formalmente. A iniciativa também precisa passar pela homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dará a palavra final sobre o novo registro partidário.

 De acordo com Aécio Neves (MG), presidente do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, a união é um “passo decisivo” para que os tucanos voltem a ter “protagonismo na política nacional”. Aécio destacou que a nova legenda se posicionará como uma força de centro, com ênfase em uma agenda liberal na economia, inclusiva no social e pragmática na política externa.

Fusão com Podemos e o fortalecimento do PSDB

A decisão de unir o PSDB ao Podemos foi tomada após meses de negociações entre as lideranças das duas siglas. A crise interna do PSDB, marcada por uma série de desfiliações, fez com que o partido buscasse alternativas para manter sua relevância. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, que havia prometido uma solução para o futuro do partido até o fim de abril, trabalhou junto ao Podemos para construir um acordo que garantisse a continuidade da sigla e sua sobrevivência política.

Ao longo de maio, uma comissão formada por membros de ambas as legendas será responsável por definir a marca, o nome definitivo e a estrutura organizacional do novo partido. Além disso, a fusão terá impacto significativo nas bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado, com o novo partido podendo se tornar a sétima maior bancada na Câmara, com 28 deputados, e a quarta maior no Senado, com sete senadores.

PSDB e Podemos no Acre

No Acre, as direções do PSDB e do Podemos já discutem uma chapa competitiva para a disputa por cadeiras na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026. O ex-deputado e atual presidente do Podemos no estado, Ney Amorim, destacou que o partido está articulando um time de peso para a disputa de federal. Entre os nomes citados estão Márcia Bittar, Jesus Sérgio e o próprio Ney, com a meta de eleger de dois a três deputados federais. Além disso, o Podemos também planeja uma chapa forte para as eleições estaduais. Ney, porém, afirmou que para os cargos de governo e Senado, seguirá as orientações do atual governador Gladson Cameli (PP).