Gabriela Câmara: apontando caminho para liberais e conservadores

Li ontem no site “Diário do Acre”, uma nota pública da ex-presidente do Instituto de Terras do Estado do Acre (ITERACRE), Gabriela Câmara, já como pré-candidata ao cargo de vereadora pelo Partido Progressista (PP), em que marca sua posição, com extrema clareza, relativamente às eleições municipais de Rio Branco.

Em sua lúcida e inteligente nota pública, Gabriela Câmara marca território. Aqui falo de território ideológico. A gestora pública diz com muita clareza com quem os liberais e conservadores não devem se aliar nas próximas eleições, especialmente para a capital, Rio Branco.

Pela nota, diz Gabriela Câmara que foi convidada pelo Governador Gladson Cameli para dirigir o Instituto de Terras do Acre – ITERACRE, e que, em um pouco mais de 01 (um) ano, realizou um trabalho reconhecido pela comunidade acreana. Se disse honrada em participar de um governo em que se vive clima de absoluta liberdade de expressão, pressuposto fundamental para o progresso material e espiritual. 

Adiantando os motivos pelos quais recalcitra contra qualquer possibilidade de aliança com a esquerda acreana, Gabriela Câmara se respalda num princípio constitucional, mas, sobretudo, no direito natural de propriedade. Registrou que seu lema enquanto Presidente do Instituto de Terras era transformar o Acre em “Estado de Proprietários”.

Reiterando sua lealdade ao Governo, diz que, em pouco mais de 12 (doze) meses, foi realizado o maior programa de regularização de terras (urbanas e rurais) pelo instituto,  desde a criação do mesmo em 2001. Um feito – diz ela – digno dos maiores elogios ao Governador Gladson Cameli, que, para tal lhe deu todo o apoio.

Gabriela Câmara se desincompatilzou do cargo de Presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre)no prazo legal. É pré-candidata a uma vaga à Câmara de Vereadores de Rio Branco, colocando-se à serviço do Partido Progressista (PP), bem como do seu líder o Governador do Estado, Gladson Cameli.

Sua convicção em defesa da propriedade, que é a base de uma sociedade livre e competitiva, está escorada na concepção do historiador, escritor e professor Richard Pipes de que “uma sociedade pode ter propriedade sem liberdade, mas não pode ter liberdade sem propriedade”, lema compaginado no livro clássico “Propriedade e Liberdade”, e que é uma das suas leituras favoritas, nos assegurou.

Para justificar sua tese de que seu partido não deve fazer alianças com a esquerda acreana – por ser paradoxal -, ensina que a esquerda como movimento revolucionário, adota como uma de suas pautas a abolição da propriedade privada, e que portanto, não teria sentido defender a regularização fundiária (urbana e rural) como estratégia para o desenvolvimento do Acre e apoiar um partido socialista que pugna pela reforma agrária como estratégia revolucionária de tomada do poder para implantação de uma doutrina intrinsecamente perversa, ou seja, o socialismo/comunismo. 

A esquerda, no que concerne à liberdade de expressão – diz – não só vem aplaudindo a censura, mas lhe dando total apoio. No que concerne à propriedade privada, temos acompanhado as invasões, por todo o país, pelo Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), e que é inimigo declarado do agronegócio, responsável pela segurança alimentar do planeta e que faz do Brasil uma das maiores potências do mundo.

Diz-se defensora de uma sociedade livre e aberta, sob o pálio da livre iniciativa! Define-me como liberal conservadora!

Fundamentando sua autodefinição de liberal conservadora, argumenta que as pessoas devem ter liberdade de fazer suas escolhas e viverem com os frutos dessas escolhas. Os frutos dessas escolhas numa economia de livre iniciativa têm nome:  PROPRIEDADE PRIVADA. Os frutos de nossas escolhas afetivas têm nome: FAMÍLIA.

Defende a liberdade para as pessoas, individualmente, poderem fazer suas escolhas afetivas, políticas, econômicas ou espirituais.

Finaliza dizendo que foi o capitalismo que tirou milhões de pessoas da miséria ao redor do mundo! Rejeita as ideias socialistas porque onde foram adotadas os resultados foram desastres econômicos e milhões mortes.

Em conclusão, cravou: oponho-me a qualquer possibilidade de aliança com a esquerda para as eleições municipais de Rio Branco!

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