Diante de chuvas abaixo da média e da seca extrema devido aos efeitos prolongados do El Niño, o governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), está monitorando e acompanhando os níveis dos rios junto à Rede Hidrometeorológica e réguas linimétricas das Defesas Civis.

Entre as medidas adotadas, estão o Decreto de Situação de Emergência Ambiental em todos os 22 municípios do estado, publicado no dia 11 de junho, com validade até 31 de dezembro, a criação do Gabinete de Crise temporário para tratar da redução dos índices de chuvas e dos cursos hídricos, e do risco de incêndios florestais.

El Niño

O fenômeno El Niño, observado desde junho de 2023, trouxe um aumento da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial, mas segundo dados do Centro de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura do oceano já retornou à média, sinalizando a neutralidade e o fim do El Niño. No entanto, há uma possibilidade de 69% da formação do fenômeno La Niña no segundo semestre de 2024, que pode impactar ainda mais a região sul da Amazônia, incluindo o Acre, com um aumento da seca.

Documentário Expedição Águas do Rio Acre

Paralelamente a estas ações, em janeiro, o “Documentário Expedição Águas do Rio Acre”, dirigido pelo publicitário Rodrigo Pires e pelo jornalista Gabriel Rotta, trouxe à tona os problemas enfrentados pelo Rio Acre. A produção mostrou a necessidade urgente de mitigar os impactos da seca e destacou que a integridade do Rio Acre está ameaçada pela falta de tratamento de esgoto, poluição descontrolada e negligência ambiental.

Força-tarefa

“Estamos atuando para mitigar os impactos da seca extrema que o Acre está enfrentando, com ações, fiscalizações, união entre os diversos órgãos, e uma força-tarefa para zelar pela nossa população e pelo meio ambiente. É importante enfatizar que esse enfrentamento precisa ser de todos nós, para além do Estado”, afirmou a secretária do Meio Ambiente, Julie Messias.