O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que o governo de Lula não irá contestar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. A Advocacia-Geral da União (AGU) revisou a situação e concluiu que não há necessidade de recorrer da medida, afirmou o ministro, em entrevista à TV Fórum. Padilha destacou que, apesar da crise relacionada às emendas, houve progressos, como a nova legislação que regulamenta o aumento das emendas dentro do marco fiscal. Ele também mencionou a convocação de uma reunião pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, para debater a decisão de Dino.
Na última segunda-feira, Flávio Dino decidiu suspender os pagamentos das emendas e abriu um inquérito pela Polícia Federal para investigar a liberação desses recursos. Essa ação foi motivada por uma representação do PSOL, que denunciou a falta de transparência no processo de distribuição das emendas. A representação do PSOL incluiu um ofício assinado por 17 líderes partidários da Câmara, que detalhava 5.449 emendas de comissão, totalizando os R$ 4,2 bilhões que seriam alocados sem a devida aprovação prévia. Além disso, Padilha mencionou que o presidente Lula está avaliando o desempenho do governo, o que pode levar a mudanças ministeriais. Essa análise considera tanto as realizações até o momento quanto o contexto político em vista das eleições de 2026.