O governo do Acre está participando do 2º Encontro do Estratégia Alimenta Cidades, que começou nesta quarta-feira, 6, e segue até a sexta-feira, 8, em Brasília. A participação é feita por meio das secretarias de Agricultura (Seagri) e de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH). O objetivo é promover iniciativas que possibilitem o aumento do consumo de alimentos saudáveis, principalmente pela população de baixa renda.

O evento é promovido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e das Cidades (MCID). A abertura contou com a participação dos ministros Welliton Dias (MDS) e Paulo Teixeira (MDA), além do secretário-executivo adjunto do MCID, Antônio Vladimir. Também participaram gestores públicos municipais, estaduais e especialistas no assunto.

Na ocasião, também foi lançado o Mapeamento dos Desertos e Pântanos Alimentares no País, que mapeia, nas cidades, as regiões com escassez de comercialização de alimentos saudáveis (desertos) e das concentrações de comércio de alimentos processados (pântanos) que, conforme o levantamento, é consumido especialmente pela população mais pobre. O objetivo é subsidiar os gestores na definição de medidas de enfrentamento ao problema.

“Esse levantamento contribuirá para que possamos apresentar, com mais eficácia, políticas públicas de combate à fome, que garantam segurança alimentar e nutricional dos nossos cidadãos, principalmente dos que estão em maior vulnerabilidade alimentar”, afirmou o secretário adjunto de Agricultura, Edivan Azevedo.

Edivan participa do encontro como presidente da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Acre (Caisan), que é liderada pela Seagri e reúne diversas secretarias do governo. Ele destacou iniciativas já desenvolvidas pelo governo do Acre, buscando ampliar a oferta de alimentos e incentivar o consumo de produtos saudáveis, como o Prato Extra, oferecido aos estudantes da rede pública estadual.

Novidades

Ele também adiantou novidades para breve, como um programa estadual de incentivo à produção de alimentos saudáveis, especialmente por produtores da agricultura familiar, com a garantia da compra dos produtos que deverão ser distribuídos para a população carente. Outra novidade citada é a elaboração de um projeto de lei “determinando o tipo de alimento ofertado nas cantinas e redondezas nas escolas”, para evitar os ultraprocessados e incentivar os saudáveis.

“Nós também estamos construindo o segundo plano de segurança alimentar nutricional junto com a sociedade civil, a Caisan, o Conselho de Segurança Alimentar do Estado”, adiantou o gestor adjunto da Seagri.

Restaurantes populares

Também participante do encontro, a chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da SEASDH, Nilciany Vilaço, também destacou a importância dos debates no reforço às ações desenvolvidas no estado, explicando que é determinação da secretária de Direitos Humanos e Assistência Social e vice-governadora, Mailza Assis, o fortalecimento da política de segurança alimentar, inclusive ampliando conhecimentos e instrumentos com este objetivo e fortalecendo as parcerias com os municípios também com este objetivo.

Ela explicou que o governo, via SEASDH, já tem um termo de cooperação técnica assinado com a Prefeitura de Rio Branco para apoio às ações do programa Alimenta Cidades. E adiantou avanços para 2025, como “o fortalecimento de restaurantes populares e do banco de alimentos”, além de iniciativas para incentivar a adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que já tem a adesão de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Plácido de Castro.

Para a secretária estadual do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Acre (Consea), Michele Wolter – também no encontro – as informações reforçarão as ações da entidade, inclusive na intermediação do diálogo entre governo e sociedade a respeito do consumo de alimentos saudáveis. Isso, além das orientações aos produtores rurais e à sociedade. “As pessoas podem ter hortas nas suas casas, assim como as escolas e hospitais”, exemplificou.