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Esse é o melhor índice desde fevereiro de 2023, quando a taxa estava em 7,5%.
Menos pessoas fora da força de trabalho
Entre abril e junho, o Acre registrou 302 mil pessoas fora da força de trabalho, número inferior aos 315 mil do primeiro trimestre e aos 322 mil do mesmo período de 2024. As quedas representam, respectivamente, 4% e 6%.
Apesar da melhora, o estado ainda ocupa a 9ª posição no ranking nacional de desocupação, que considera pessoas com 14 anos ou mais que estavam sem trabalho e buscaram emprego no período.
Desalento acima da média nacional
O número de desalentados segue elevado no estado. No segundo trimestre, a taxa foi de 5,8%, mais que o dobro da média nacional (2,5%). Foram 20 mil pessoas nessa condição no início do ano e 22 mil entre abril e junho.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que inclui trabalhadores com jornada inferior ao desejado e pessoas disponíveis que não procuram emprego, chegou a 18,2% no Acre, também acima da média nacional (14,4%).
Informalidade persiste
Outro desafio apontado pelo levantamento é a alta informalidade. No Acre, ela atinge 46,6% dos trabalhadores, enquanto a média nacional é de 37,8%. Entre os empregados do setor privado, apenas 58,2% possuem carteira assinada. Já o trabalho por conta própria representa 27,7% da população ocupada, contra 25,2% no Brasil.
Os dados reforçam que, apesar de avanços no mercado de trabalho acreano, o desalento e a informalidade ainda são obstáculos importantes para a geração de emprego e renda no estado.