Estado aparece com o terceiro menor rendimento mediano do país e registra uma das menores evoluções entre 2012 e 2024.

O Acre aparece mais uma vez em posição desfavorável nos indicadores de renda divulgados pelo IBGE na “Síntese de Indicadores Sociais 2025”. O levantamento analisou o rendimento domiciliar per capita entre 2012 e 2024 e mostrou que o estado mantém um dos piores resultados do país, além de registrar uma das menores variações de crescimento no período.

Em 2024, a renda domiciliar per capita mediana do Acre ficou em R$ 750, superando apenas Maranhão (R$ 717) e Alagoas (R$ 795). O valor coloca o estado com o segundo pior desempenho da região Norte e também entre os menores de toda a região Norte–Nordeste. Enquanto isso, estados como Santa Catarina, Distrito Federal e Rio Grande do Sul ultrapassaram R$ 1,6 mil em rendimento mediano.

O estudo também mostrou que o Acre teve variação de apenas 6,9% no rendimento médio entre 2012 e 2024, uma das menores evoluções do país. Somente Roraima e Amazonas tiveram crescimento inferior, ambos com 0,6%. Em contraste, Tocantins, Alagoas e Piauí registraram avanços superiores a 45% no mesmo período, evidenciando desigualdades regionais.

Segundo o IBGE, a mediana é o indicador que melhor reflete a realidade econômica da população, já que a média tende a ser distorcida pelos ganhos mais elevados. No cenário nacional, o rendimento mediano ficou em R$ 1.328 em 2024, abaixo do salário mínimo vigente, enquanto as regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores, mesmo com crescimento percentual expressivo.

Apesar de uma leve redução na desigualdade brasileira ao longo dos últimos anos, a disparidade permanece alta: em 2024, os 10% mais ricos receberam 32,2 vezes mais que os 10% mais pobres. No Acre, esse cenário de baixa renda combinada com pouca evolução reforça o desafio socioeconômico enfrentado pela população.