Médicos veterinários do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) marcaram presença na 36ª Conferência Anual da Rede de Instituições Técnicas em Raiva nas Américas (Rita), realizada entre os dias 20 e 24 de outubro, em Lima, Peru.
O evento reuniu especialistas de todo o mundo para discutir estratégias de prevenção, controle e erradicação da raiva, doença zoonótica que representa risco à saúde pública e ao setor agropecuário. Durante a conferência, foram apresentados avanços científicos e tecnológicos, além de trocas de experiências entre profissionais das áreas médica, veterinária e de saúde pública.
Criada em 1990, a Rita é uma importante plataforma internacional que promove anualmente o debate sobre vigilância epidemiológica, pesquisas e políticas públicas relacionadas à raiva. Participaram do encontro pesquisadores, acadêmicos, reguladores, estudantes e profissionais das áreas médica, de saúde pública e veterinária, entre outros.
A apresentação de projetos e pesquisas desenvolvidas reforçou o compromisso com a saúde animal e a segurança alimentar, destacando iniciativas de vigilância epidemiológica e campanhas de vacinação em áreas de risco, além do uso de tecnologias para monitoramento e diagnóstico precoce.
“O evento é uma oportunidade única para fortalecer a cooperação internacional e compartilhar conhecimento técnico, fundamental para avançarmos no controle da raiva no Acre. Vamos retornar com muito conhecimento, mas também ressalto que a troca de informações com produtores rurais é fundamental para identificar áreas de risco, promover a educação sanitária, planejar campanhas de vacinação e responder rapidamente a possíveis surtos”, explica Maria do Carmo Portela, médica veterinária e coordenadora do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH), do Idaf.
A conferência também promoveu debates sobre políticas públicas e a importância do trabalho integrado entre órgãos de saúde pública, veterinária e ambiental, visando à proteção da população e do meio ambiente. As atividades incluem a promoção dessa importante conferência anual, realizada alternadamente pelos diferentes países-membros.
Para Everton Arruda, médico veterinário do Idaf, a participação do órgão reafirma sua responsabilidade com a saúde única, uma abordagem que reconhece a interconexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental. “Estar aqui é uma forma de acompanhar o que está acontecendo nas Américas e no mundo a respeito da doença, conhecer os avanços para formularmos medidas de controle atualizadas e também fazer networking, não só com nossos vizinhos Peru e Bolívia, mas com outros países. Além disso, a capacitação contínua dos profissionais e a padronização dos protocolos são essenciais para garantir a qualidade e a efetividade das intervenções”.
