Os incêndios já atingiram 400 mil hectares de cana-de-açúcar no Brasil, sendo 250 mil hectares somente no interior de São Paulo. A seca prolongada e as queimadas estão impactando a produtividade, com uma queda estimada de 7,2% nos canaviais, segundo a consultoria SCA Brasil.
Desse total, 55% das áreas queimadas são de cana ainda a ser colhida, enquanto os outros 45% correspondem a terras já colhidas, destinadas à rebrota. A seca, que já dura mais de quatro meses, associada a temperaturas acima da média e baixa umidade, tem dificultado a renovação e expansão dos canaviais.
A SCA alerta para um encerramento precoce da safra até outubro e uma redução na qualidade da cana, o que deve afetar a oferta de açúcar. Além disso, a produção de etanol cresceu 1,5%, e a proporção destinada ao açúcar deve cair entre 1,5% e 2%. Esses fatores combinados tendem a pressionar os preços do açúcar no mercado interno e externo nos próximos meses.