Os incêndios ocorridos entre junho e agosto de 2024 resultaram em um prejuízo estimado de R$ 14,7 bilhões, afetando 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais no Brasil, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os estados mais atingidos foram São Paulo, Mato Grosso, Pará e Mato Grosso do Sul, com perdas concentradas nas atividades de pecuária e produção de cana-de-açúcar.
A pecuária e as pastagens foram as mais prejudicadas, acumulando perdas de R$ 8,1 bilhões, seguidas por danos em cercas (R$ 2,8 bilhões) e na produção de cana-de-açúcar (R$ 2,7 bilhões). O levantamento utilizou dados de áreas queimadas da Mapbiomas e do INPE.
A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) divulgou que a quebra da safra de cana deve chegar a 15%, impactando a oferta mundial de açúcar e os preços do etanol. Somente o estado de São Paulo registrou 263 mil hectares de canaviais queimados.
Além disso, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou que 15,4 milhões de pessoas foram afetadas pelos incêndios florestais em 2024, com prejuízos econômicos de R$ 1,3 bilhão. A CNM também propôs medidas urgentes para a criação de um Conselho Nacional de Mudança Climática e de um Fundo Nacional para enfrentar desastres climáticos.