Em entrevista ao programa Oeste com Elas, a deputada federal Sílvia Waiãpi (PL-AP) falou sobre a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e criticou a forma como o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem conduzido políticas relacionadas à Amazônia e aos povos indígenas. Segundo a parlamentar, a população indígena estaria sendo utilizada como instrumento político em acordos internacionais, colocando em risco a soberania do Brasil.
“Quanto mais carente, quanto mais promissor for a imagem utilizada de uma população nessas áreas, eles serão usados não só como uma cortina de fumaça, mas como troca para colocar em risco a soberania brasileira”, afirmou Waiãpi.
A deputada também questionou a destinação de recursos prometidos em fundos internacionais voltados à preservação ambiental. Ela afirmou que parte desse dinheiro, longe de ser aplicada na proteção da floresta, estaria servindo para “financiar fome” em regiões da Amazônia.
“Esse dinheiro não é para preservação”, disse a parlamentar ao comentar os acordos discutidos na COP30. “Não é para preservação da floresta, e na realidade ele vai financiar fome nessas regiões. Manter uma população sob um cartel verde.”
A deputada criticou ainda a logística e a infraestrutura precária das cidades da Região Norte, como Belém, durante grandes eventos internacionais, revelando que a falta de preparo culminou em problemas, como incêndios e desastres locais.
Pauta climática e a proteção de populações indígenas seriam usadas para impedir o desenvolvimento econômico da região, diz parlamentar
Silvia Waiãpi relacionou essas questões a interesses econômicos internacionais. Nesse sentido, afirmou que a pauta climática e a proteção de populações indígenas seriam usadas para impedir o desenvolvimento econômico da região e favorecer lucros de outras nações.



