As autoridades de imigração da Indonésia anunciaram, nesta segunda-feira (22), o banimento da influenciadora de conteúdo adulto britânica Bonnie Blue, de 26 anos, por um período de 10 anos. A decisão ocorre após a jovem, cujo nome real é Tia Billinger, ter sido detida e deportada para o Reino Unido sob a acusação de produzir materiais que poderiam causar “agitação pública”. A medida reflete a política rigorosa do país asiático em preservar seus valores culturais e a imagem do turismo local.

A detenção aconteceu durante uma operação policial em um estúdio localizado em Badung, um dos distritos turísticos mais populares de Bali. Na ocasião, Billinger foi flagrada junto a dois britânicos e um australiano sob suspeita de produção de conteúdo pornográfico, atividade estritamente proibida por lei na Indonésia. Embora as autoridades tenham encontrado vídeos de teor sexual no celular da influenciadora, ela não responderá criminalmente pela distribuição, uma vez que o material foi classificado como “documentação privada”.

Apesar de não haver queixa formal para prisão, o governo indonésio optou pela sanção administrativa de banimento prolongado. Segundo o comunicado oficial, as atividades da britânica não estão em consonância com o projeto governamental de promover um turismo de qualidade em Bali, que exige o respeito às normas e tradições locais. Na Indonésia, a produção de material pornográfico é um crime grave, que pode resultar em penas de até 12 anos de reclusão.

A passagem de Bonnie Blue por Bali também foi marcada por outras polêmicas recentes. No dia 12 de dezembro, a influenciadora já havia sido multada pelas autoridades locais por violar normas de trânsito. Ela foi flagrada utilizando um caminhão destinado exclusivamente ao transporte de mercadorias para realizar o transporte de pessoas, o que gerou uma penalidade de 200 mil rúpias indonésias (aproximadamente R$ 70 na conversão atual).

O caso serve como um alerta para criadores de conteúdo estrangeiros que visitam o sudeste asiático. Com o banimento, Tia Billinger está impedida de retornar a qualquer território indonésio até dezembro de 2035. A expulsão faz parte de um movimento das autoridades de Bali para filtrar o perfil dos visitantes, priorizando aqueles que não entrem em conflito com a legislação moral e os costumes religiosos da região.