Itaqui lidera exportações de soja e impulsiona economia no Arco Norte

A movimentação de cargas nos portos do Arco Norte segue em trajetória ascendente, com destaque para o terminal localizado no Maranhão, que se consolidou como o principal canal de escoamento da soja brasileira pelo Norte do país.

Segundo dados oficiais, o complexo portuário maranhense movimentou 8,8 milhões de toneladas de soja em grão no primeiro semestre de 2025, número que o posiciona à frente dos demais portos da região.

No total, os portos do chamado corredor logístico do Arco Norte responderam por 38,5% das exportações nacionais da oleaginosa no período. Além do terminal maranhense, também se destacaram os portos paraenses de Barcarena e Santarém, além de Itacoatiara (AM) e Salvador (BA), que juntos somaram milhões de toneladas escoadas, confirmando o protagonismo do eixo Norte na logística agrícola nacional.

O bom desempenho logístico tem reflexos diretos na economia estadual. No Maranhão, por exemplo, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 1,9% no primeiro trimestre, índice superior às médias regionais e nacional. A movimentação recorde de cargas no principal porto do estado aparece como fator determinante para esse resultado, em especial pelo volume expressivo de granéis sólidos, com a soja encabeçando a lista.

Com 17,2 milhões de toneladas transportadas entre janeiro e junho, o porto maranhense teve o melhor desempenho semestral de sua história. O avanço de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior foi impulsionado, sobretudo, por melhorias operacionais, investimentos em infraestrutura e maior integração com os modais ferroviário e rodoviário.

Especialistas apontam que a ampliação da capacidade logística da região tem sido decisiva para atender à crescente demanda do agronegócio, em especial na exportação de commodities agrícolas. A consolidação do terminal como um hub estratégico amplia sua competitividade e atrai novos fluxos de comércio internacional, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento regional.

Além da soja, outros produtos do setor agropecuário, aliados à construção civil e aos serviços, têm reforçado a dinâmica econômica estadual. A integração entre políticas públicas de infraestrutura e planejamento logístico tem sido apontada como um dos pilares que sustentam esse crescimento.

Com base nesses resultados, a expectativa é que o porto mantenha a tendência de expansão nos próximos semestres, fortalecendo ainda mais sua posição como peça-chave no escoamento da produção agrícola nacional e no equilíbrio da balança comercial brasileira.

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