Passei todo o ano de 2020 em minha cidade natal no interior de Pernambuco (Tuparetama), enquanto estávamos no período mais grave da pandemia,  com amigos e familiares. 

Uns três meses, aproximadamente,  permaneci no meu sítio Bom Jesus,  no município  de São José do Egito

São José do Egito dista apenas 17 km de minha cidade. Mas, tenho um vínculo forte com a urbe vizinha. Meu bisavô, Felippe Pedro de Souza Leite foi o primeiro prefeito constitucional do município, nomeado em 1892,  já na República.

À propósito, eu tinha uma velha fotografia do meu bisavô.  Bem amarelada e pouco nítida. Em Rio Branco, capital do Acre, vive um grande  pintor peruano (Rivasplata).

Fiz Rivasplata fazer um retrato do 1º prefeito de São José do Egito e doei a prefeitura, no primeiro mandato, como prefeito,  do meu parente Evandro Perazzo Valadares. 

No restaurante “Casa Grande”, em Tuparetama, há outro retrato feito por Rivasplata, também de autoria do artista peruano. É o retrato do meu tio avô Adelino de Souza Leite (Caboclo Felipe), filho do primeiro  prefeito de São José do Egito.

Pois bem. George Patriota, irmão do atual vice-prefeito de Tuparetama, Diógenes Patriota, sabendo das minhas relações cordiais com o Senador Marcio Bittar (União Brasil), sugeriu-me que, através do político acreano, propusesse ao Presidente Jair Bolsonaro inaugurar a Barragem da Ingazeira.

Gostei da ideia e falei com dois políticos da base do Governo Jair Bolsonaro: o deputado federal Silas Câmara (Republicanos do Amazonas e o Senador Márcio Bittar, do Estado do Acre). 

Márcio Bittar falou diretamente com o Presidente, que o remeteu ao Ministro Rogério Marinho. O então Ministro Rogério Marinho  ampliou a agenda para inauguração de uma Adutora em São José do Egito. 

Confirmada a vinda do Presidente Jair Bolsonaro a São José do Egito, no dia 01 de outubro de 2020, eu e meu amigo José Marcos de Lima, um dia antes, estávamos no escritório do vereador Joel Gomes, articulando com o deputado federal Silas Câmara, para que o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco recepcionasse o Presidente quando de sua chegada.

Eu, o ex-deputado José Marcos de Lima, o vereador Joel Gomes, minha esposa (Regina Pessoa e meus filhos Laura e Antônio Perazzo), estávamos no  gabinete do mantenedor da Faculdade do Vale do Pajeú, Cleonildo Painha, quando se anunciou a chegada do Presidente Jair Bolsonaro e assessores, para inaugurar a Adutora de São José do Egito e a Barragem da Ingazeira.

Acompanhei o ex-prefeito de São José do Egito, José Marcos de Lima ao Estádio onde o Presidente Jair Bolsonaro desceu de helicóptero. Fiz questão de acompanhar José Marcos, porque, com o deputado federal Silas Câmara,  obtive a garantia de que o político do Pajeú receberia a ilustre autoridade. 

E agora começa o testemunho. O Vale do Pajeú é composto de 17 (dezessete) municípios. Nenhum dos prefeitos desses 17 municípios,  moveu uma palha para homenagear o Presidente da República que, nessa condição, compareceu à cidade de São José do Egito. 

Não houve qualquer esforço para levar as pessoas ao local do evento. Apenas o prefeito Evandro Valadares subiu no palanque das autoridades quando da inauguração da obra. O governo do Estado desmotivou qualquer apoio no sentido de prestigiar o Presidente. 

Uma multidão de, aproximadamente 10 mil pessoas, voluntariamente, se concentrou na frente do Estádio para receber o Presidente Jair Bolsonaro. O que eu mais ouvia? As pessoas, demonstrando gratidão pela inauguração da importante obra, diziam que era a primeira vez que um Presidente República   vinha a São José do Egito.

O ex-prefeito José Marcos de Lima, já incorporado à Comitiva, seguiu para o local  onde iria se realizar o importante evento político (inauguração da Adutora de São José do Egito), e eu fiquei para trás. 

A multidão era tão grande que eu não consegui chegar ao local onde se encontravam as autoridades que vieram inaugurar a obra, muito embora estivesse com convite para está no mesmo recinto. 

Posteriormente, o ex-prefeito José Marcos de Lima, ao me encontrar na Faculdade Vale do Pajéu, acompanhado de Cleonildo Painha, que havia homenageado o presidente com uma placa, disse-me que havia reservado meu lugar. 

Expliquei-lhe que, a multidão era tamanha, que não consegui me aproximar de onde estavam as autoridades. 

Portanto, o testemunho que posso dar é o de que o povo de São José do Egito, sem qualquer colaboração de qualquer autoridade local, sem qualquer estímulo de ordem material, de forma entusiasmada, foi ao encontro do Presidente Jair Bolsonaro com respeito e hospitalidade. 

Provas? É só assistir aos inúmeros vídeos que estão disponíveis na rede mundial de computadores!