O mais novo episódio do DiárioCast recebeu nos estúdios da Associação dos Militares do Estado do Acre (AME-AC) João Paulo Bittar, filho do senador Márcio Bittar. João, que atualmente preside a Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) e o Partido Liberal (PL) de Rio Branco, participou de um bate-papo descontraído conduzido pelo jornalista Ronan Matos, editor-chefe do Diário do Acre, e acompanhado pelos comentaristas Fábio Torchi e Arthur Abreu.

O papel da Funtac e as ações em andamento

Durante a conversa, João destacou a importância da Funtac para o desenvolvimento do estado e mencionou algumas iniciativas que estão sendo implementadas, como um programa de perfuração de poços, aproveitando a estrutura do laboratório de águas da fundação.

“A gente está desenvolvendo agora um programa de perfurar poços, porque a gente tem um laboratório de águas lá. A Funtac tem nove laboratórios temáticos, com técnicos absurdos. Super capacitados.”

Segundo ele, a fundação possui grande potencial técnico para realizar estudos e avaliar a viabilidade de novas tecnologias e custos para projetos inovadores.

“A Funtac é fantástica, eu me apaixonei. Sendo bastante sincero mesmo, me apaixonei mesmo.”

Críticas e desafios na gestão pública

João também não poupou críticas ao cenário anterior da Funtac, apontando que a fundação já foi tratada como um mero cabide de empregos.

“Os caras já se tratando meio como se fosse qualquer coisa, e era um cabideiro. Ninguém tava muito preocupado com nada.”

Apesar disso, ele reconheceu que a última gestão iniciou um processo de reestruturação da fundação, mas que o tempo foi um fator limitante para avanços mais significativos.

“A última gestão, para dar a César o que é de César, deu uma repaginada nela. Eu acho que se eles tivessem mais tempo, talvez tivessem elevado mais a instituição, mas o pouco tempo não deu essa possibilidade.”

Juventude e política no Acre

O episódio também abordou um tema mais amplo: o futuro da política acreana e o papel dos jovens nesse cenário. João demonstrou preocupação com a falta de engajamento político da nova geração e criticou a forma como alguns jovens promissores acabam sendo cooptados pelo sistema.

“Uma coisa que me chateia: engajado politicamente, eu não vejo muito jovem com aspiração política. Não vejo muitos jovens que estejam aí galgando.”

Ele apontou que, ao se destacar, um jovem acaba rapidamente sendo “comprado” por políticos tradicionais, o que compromete a renovação da política.

“O problema é que um jovem começa a se destacar hoje no Estado. O cara fala bem, é inteligente, verdadeiro. Rapidinho um político vai lá e compra ele. E aí o cara está com as contas todas atrasadas para pagar, está todo ferrado, todo lascado, porque não tem oportunidade no Estado.”

Sobre a gestão de Bocalom

Na conversa, João também mencionou o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, ressaltando que, apesar das críticas, ele mantém firme seus ideais.

“O Bocalom, você pode criticar ele do jeito que for, mas ele é um cara de ideais muito fortes. Ele é cabeça dura, no bom sentido.”

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