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José do Nascimento Ribeiro: ‘A importância da sucessão familiar para perenidade do agronegócio’

No nosso dia a dia, estamos acostumados a tratar de assuntos relacionados ao campo para conseguir melhor rendimento das lavouras e alcançar as metas de desempenho do nosso negócio. Mas ainda não criamos o hábito de falar sobre uma questão também muito importante no nosso meio: a sucessão familiar. Temos que reconhecer que no Brasil não existe a cultura de capacitação para a passagem do bastão, especialmente no agro. Precisamos urgentemente pensar mais sobre isso e agir logo.

Quando pensamos em sucessão, naturalmente nos lembramos dos filhos. Porém, herdeiro não é sinônimo de sucessor e a continuidade das gerações no comando é algo que deve ser trabalhado desde cedo. Assim, conseguimos despertar neles o mesmo amor que a família tem pelo negócio e também para que, no futuro, possam decidir se é aquilo mesmo que desejam.

A média de idade no agro vem caindo nas últimas décadas, estando hoje por volta dos 45 anos. No entanto, há negócios rurais que não chegam à quinta geração. Para reverter esse quadro é fundamental contar com o suporte de consultorias específicas para auxiliar a transição familiar. Transmissão essa que deve ocorrer com amor, mas também acompanhada de muito estudo e preparação técnica ao longo dos anos.

Ao compasso em que respeitamos os tempos de decisão dos mais jovens, é importante investir em tecnologias, tanto para o aperfeiçoamento da atividade quanto para atraí-los e conectá-los ao novo mundo do agronegócio. Assim como esta nova geração, as mulheres também conquistam espaço na liderança dos negócios, demonstrando competência e assumindo o protagonismo. E, em comum, todos têm a capacidade de buscar a qualificação para os desafios assumidos.

Nossa responsabilidade é muito grande! Cabe-nos concretizar os objetivos para os quais foi criado o jornal Diário do acre