Nesta segunda-feira, 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que apoia a ideia segundo a qual se deve fazer uma pesquisa para prospectar petróleo na Foz do Rio Amazonas, divergindo completamente do que pensa Marina Silva, ministra do Meio Ambiente: “O Brasil não vai deixar de pesquisar a margem equatorial”, afirmou, durante coletiva de imprensa na Índia, depois de participar da cúpula do G20.
“Se encontrar a riqueza que se pressupõe que exista lá, aí é uma decisão de Estado se vai explorar ou não. Mas é uma exploração a 575 quilômetros da margem do Amazonas. Não é uma coisa vizinha do Amazonas.”
A acreana é contra essa possibilidade. No governo federal, contudo, há quem concorde com Lula. É o caso do titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A bacia da Foz do Amazonas é considerada pelo setor de petróleo parte da solução para renovar as reservas brasileiras com o início do declínio da produção do pré-sal na próxima década.
Marina rejeita ideia
No fim de agosto, em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, Marina disse que “não existe conciliação para questões técnicas”, referindo-se à discussão sobre a possibilidade de exploração pela Petrobras da bacia da Foz do Amazonas.
“Existem órgãos que se pronunciam tecnicamente”, disse. “Alguém vai ficar teimando com a Anvisa quando ela diz: ‘Não, esse remédio aqui é tóxico’. Aí, ela resolve mandar, para uma decisão política, se o remédio é tóxico ou não é tóxico?”