Lula diz que ‘tentações autoritárias’ desafiam democracias latino-americanas, mas não cita ditaduras de esquerda

O presidente Lula (PT) discursou na 7ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada na Argentina, marcando a volta do Brasil para o grupo nesta terça-feira, 24. Em 2020, o ex-presidente Jair Bolsonaro havia retirado o país do fórum. Os representantes dos países-membros receberam o retorno da nação brasileira com aplausos unânimes. 

“Ao longo dos sucessivos governos brasileiros desde a redemocratização nos empenhamos com afinco e com sentido de missão em prol da integração regional e na consolidação de uma região pacífica, baseada em relações marcadas pelo diálogo e pela cooperação. A exceção lamentável foram os anos recentes, quando meu antecessor tomou a inexplicável decisão de retirar o Brasil da Celac”, declarou o presidente. 

O petista ainda destacou as “tentações autoritárias que até hoje desafiam nossa democracia” e mais uma vez relembrou o vandalismo na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro, mas nada falou sobre as ditaduras da esquerda na América Latina. No dia anterior, Lula defendeu “a autodeterminação dos povos” ao falar sobre Cuba e Venezuela. “Os cubanos não querem copiar o modelo do Brasil. Não querem copiar o modelo americano. Eles querem fazer o modelo deles. Quem é que tem alguma coisa a ver com isso? Os países que compõem a Celac, sobretudo o Brasil, têm que tratar Cuba e Venezuela com muito carinho.”

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