Pois é. Quem acha que não tem petista no Acre está, oficialmente, desinformado. Não precisa procurar no PT, Basta olhar para o União Brasil, partido que na teoria integra a tal “centro-direita”, mas que na prática entrega os anéis, os dedos e se duvidar até o fígado para o governo Lula.

E lá está ela. Meire Serafim, deputada federal pelo Acre, brilhando ou se apagando, depende do ponto de vista, na lista dos parlamentares mais fiéis ao Palácio do Planalto em 2025. Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, Meire votou a favor das pautas do governo em mais de 80% das vezes. Isso mesmo. Mais de 80%, o que, convenhamos, é um desempenho que deixaria qualquer militante da CUT com lágrimas nos olhos de orgulho.

Mas calma, que não é só ela. Meire compõe um seleto grupo de três deputados do União Brasil que vestiram a camisa, o boné, o broche e até o crachá do lulismo. Damião Feliciano, da Paraíba, e Daniela do Waguinho, do Rio de Janeiro. Esse trio não só reza a cartilha do Planalto, como também fez questão de não assinar absolutamente nenhum dos requerimentos da oposição.

Aliás, é até curioso. Enquanto outros deputados do União se alinham, ora com Bolsonaro, ora com o centrão fisiológico, ora com quem pagar mais, Meire Serafim fez sua escolha. Abraçou o petismo com mais zelo do que muito deputado do próprio PT.

Para quem a elegeu achando que estava votando na tal “renovação”, “no agro”, “na direita moderna”, fica o recado. O verniz rachou. O que se vê por baixo é uma adesão escancarada ao governo que mais sufoca o setor produtivo, que criminaliza quem trabalha, que trata o agronegócio como inimigo, que chama quem discorda de fascista e que acredita piamente que o problema do Brasil se resolve com mais Estado, mais imposto e mais burocracia.

Se alguém ainda tinha dúvidas, pode riscar o nome da deputada da lista dos “independentes”. Na prática, Meire é mais lulista que Cesário, mais fiel que muito petista de carteirinha e mais alinhada ao Planalto do que boa parte da própria base.

Simples assim.

Atenção: artigo de opinião. O broche na imagem de capa foi adicionado digitalmente.