Na manhã deste sábado (16), a ex-deputada federal Mara Rocha (Republicanos) compartilhou comigo uma lembrança especial de quando esteve em reunião com o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, hoje governador de São Paulo.

Na ocasião, tratavam da municipalização do trecho da Ponte Governador José Augusto Araújo, em Epitaciolândia, tema de grande relevância para a região do Alto Acre. Mas o encontro acabou revelando algo além da pauta administrativa: “Naquele dia, além de avançar em um tema tão importante, descobri algo especial: Tarcísio já morou no Acre! Essa conexão só aumentou minha admiração por ele”, contou Mara, hoje pré-candidata ao Senado Federal.

A ex-parlamentar fez questão de ressaltar também a afinidade política que carrega com o governador paulista: “Hoje, tenho a alegria de fazer parte do Republicanos, o mesmo partido daquele que pode ser o futuro presidente do nosso país. Isso será muito positivo para o Brasil!”, afirmou.

O olhar para 2026

Diante do comentário sobre Tarcísio, questionei Mara a respeito do cenário presidencial de 2026 e, inevitavelmente, sobre o papel de Jair Bolsonaro nesse contexto. Sua resposta foi direta e crítica ao atual funcionamento do Senado:

“Infelizmente, o que estamos vivendo hoje é reflexo de um Senado fraco e subserviente. O Senado tinha o papel constitucional de ser o freio e contrapeso diante dos abusos do STF, mas, ao contrário, muitos senadores preferiram se omitir. Prova disso foi quando votaram pelo fim da CPI da Lava Toga, que era o caminho legítimo para investigar as obscuridades e os abusos cometidos dentro do Judiciário”, disse.

Na avaliação de Mara, a própria direita também desperdiçou oportunidades estratégicas. “Poderia ter apoiado o senador Eduardo Girão para a presidência do Senado e o deputado Marcel Van Hattem para a Câmara, dois nomes corajosos e alinhados com pautas fundamentais, como a anistia aos presos de 8 de janeiro. Mas, infelizmente, optaram por apoiar quem hoje está no comando do Congresso, e os resultados estão aí para todos verem.”

Sobre Bolsonaro, Mara foi categórica: “A realidade é dura: ele está inelegível. E o que observamos é uma clara tentativa de inviabilizar não apenas ele, mas também potenciais candidatos e apoiadores da direita para 2026. Esse movimento mostra o quanto é necessário termos coragem, coerência e firmeza na defesa da democracia.”

Ainda assim, Mara demonstra otimismo quanto ao futuro da direita no país. “Eu acredito que, mesmo diante desse cenário, temos excelentes nomes para disputar a Presidência no próximo ano. Um deles é o governador Tarcísio de Freitas, um gestor competente, firme, com resultados concretos, e que hoje é visto até mesmo pelo presidente Bolsonaro como o favorito para liderar essa missão.”

“Para mim, será um motivo de muito orgulho, nas próximas eleições, ser candidata ao Senado pelo mesmo partido de Tarcísio, representando o Acre e fortalecendo esse projeto de esperança para o Brasil”, encerrou.