Marina diz que “forças da natureza” afetam planejamento de combate às chamas no Pantanal

A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, afirma que “forças e fenômenos da natureza” afetam qualquer planejamento que se faça para combater grandes incêndios, como o que tem sido visto nas últimas semanas no Pantanal. As chamas no bioma já bateram o recorde histórico e chegaram a 3,9 mil focos apenas neste ano até domingo (14).

Marina afirma que o período histórico de “grandes focos de incêndio, de queimadas” foi antecipado em dois meses, e que isso afetou diretamente o planejamento do governo. Não que tenha atingido totalmente, afirma. Mas, provocou dificuldades.

“Mas será que teríamos a capacidade de estar atuando, com dois meses de antecipação do fenômeno, se não tivéssemos feito planejamento? Só posso trazer fatos e compromissos”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (14).

Para ela, no entanto, mesmo com todo o planejamento possível, o governo “não vai dar conta como gostaria” frente às “forças e fenômenos da natureza”, pontuou.

Na última semana, o governo federal anunciou R$ 137,6 milhões para o combate aos incêndios principalmente no Pantanal. A maior parte dos recursos será direcionada ao ministério de Marina, que terá R$ 72,3 milhões.

Cerca de R$ 38,1 milhões irão para o Ibama aplicar na contratação de brigadistas e aquisição de equipamento para ações de prevenção e controle de incêndios em áreas federais.

O restante, no valor de R$ 34,1 milhões, será destinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para ações de proteção e recuperação da biodiversidade e criação e gestão de unidades de conservação e fiscalização ambiental.

A pasta informou, em nota, que os recursos atenderão o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e a Estação Ecológica do Taiamã. As duas unidades foram afetadas pelos incêndios, que neste ano já consumiram 770,7 mil hectares do Pantanal, o que corresponde a 5,11% do bioma, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O Ministério da Defesa receberá R$ 59,7 milhões para as Forças Armadas usarem na aquisição de insumos e manutenção de militares e estrutura logística da região afetada.

Um total de R$ 5,7 milhões vai para ações da Polícia Federal, que receberá R$ 3,7 milhões, e uma parcela de R$ 2 milhões para recomposição do Fundo Nacional de Segurança Pública, que custeia a Força Nacional.

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