Médico boliviano investigado pela morte de uma criança em Eirunepé teve prisão preventiva decretada e estaria escondido no Acre.

A Justiça do Amazonas decretou, nesta quinta-feira (27), a prisão preventiva do médico boliviano H. F. E., investigado por suposta negligência que teria resultado na morte de uma recém-nascida no município de Eirunepé. Após deixar a cidade no último domingo (23), o profissional publicou fotos em seu status do WhatsApp indicando que estaria no município acreano de Feijó, onde supostamente tenta se esconder.

A decisão judicial, assinada pelo juiz Odílio Pereira Costa Neto, determina que o investigado seja localizado, preso e encaminhado a uma unidade penitenciária. Segundo o magistrado, a medida é necessária para resguardar a ordem pública e assegurar o andamento do processo. A Prefeitura de Eirunepé já havia afastado o médico de suas funções.

O caso ganhou repercussão após o médico não comparecer ao plantão no Hospital Regional de Eirunepé no sábado (22). A equipe do hospital tentou localizá-lo sem sucesso e, diante da ausência, enfermeiros e um clínico geral realizaram o parto de uma jovem de 18 anos que buscava atendimento urgente desde as primeiras horas da madrugada. Embora a criança tenha nascido com vida, ela morreu por volta das 14h, o que levou familiares e vereadores a acionarem a Polícia Civil.

O médico chegou a ser levado para a delegacia ainda no dia 22, mas foi liberado posteriormente. Testemunhas relataram que ele teria sido visto no mesmo período em um bar na cidade de Feijó, no Acre, o que reforçou a suspeita de fuga e motivou o pedido de prisão preventiva.

O pai da criança, o Renato, lamentou profundamente o ocorrido e afirmou acreditar que a morte poderia ter sido evitada com atendimento adequado. A tragédia gerou grande comoção na comunidade e intensificou os pedidos por uma investigação rigorosa sobre possíveis responsabilidades no caso.