Parlamentares da oposição criticaram a primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, por representar o Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos em Paris, França. Eles argumentaram que Janja não deveria “cumprir uma agenda de chefe de Estado”. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também questionou a viagem.
Michelle declarou nas redes sociais: “Como presidente do Pátria Voluntária, ajudamos o Brasil inteiro. Infelizmente, o programa está parado”. Ela ainda mencionou que algumas primeiras-damas “têm vocação para trabalhar, outras para viajar e articular compras sem licitação”.
As críticas referem-se também a um suposto desaparecimento de móveis do Palácio da Alvorada. Lula anunciou que Janja o representaria nas Olimpíadas, mas a credencial necessária foi obtida com a ajuda da diplomacia brasileira e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
O senador Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que o governo “preteriu” o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e ministros ao enviar Janja. Ele também cobrou explicações do Itamaraty sobre a obtenção das credenciais.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) anunciou que pretende acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possível abuso de autoridade. Já o deputado Coronel Telhada (PP-SP) criticou o “protagonismo político” de Janja, e o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) classificou a viagem como um “novo embaraço diplomático e político”.