Polícia Civil conclui inquérito e aponta participação de outras três pessoas em crimes que ocorreram ao longo de quase 20 anos
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu os inquéritos que investigavam a morte de cinco crianças em Timóteo e indiciou a principal suspeita, Gissele Oliveira, de 40 anos, que chegou a Belo Horizonte na última quinta-feira (23) após ser extraditada de Portugal, onde estava presa desde agosto, segundo informações do G1 Vales de Minas.
Gissele foi indiciada por cinco homicídios consumados, dois tentados e quatro crimes contra a dignidade sexual, além de coação no curso do processo. Outros três envolvidos dois ex-companheiros e a mãe da suspeita também foram indiciados. As investigações apontam que o caso envolve 11 vítimas ao longo de quase 20 anos.
Os crimes ocorreram entre 2008 e 2023, quando Gissele supostamente sedava os filhos com medicamentos e depois os asfixiava, resultando na morte de crianças com idades entre 10 meses e 3 anos. Laudos toxicológicos confirmaram a presença de substâncias como fenobarbital e clonazepam. Além disso, a suspeita foi indiciada por omissão em crimes sexuais cometidos contra três irmãs e por coautoria em outro caso envolvendo uma menor de 10 anos.
Após a decretação da prisão preventiva, Gissele fugiu para Portugal em abril de 2025 e foi localizada em Coimbra pela Polícia Judiciária portuguesa, com apoio da Interpol e da Polícia Federal. Ela constava na lista de Difusão Vermelha da Interpol e foi extraditada após decisão judicial, pousando no Aeroporto de Belo Horizonte, em Confins, na quinta-feira (23). Mesmo fora do país, segundo a PF, Gissele continuava ameaçando testemunhas e familiares.




