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Na Expoacre, governo promove ciclo de palestras sobre cadeias produtivas da agricultura familiar

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), deu início nesta segunda-feira, 2, no Espaço Fazendinha, ao 1º Workshop da Agricultura na Expoacre sobre Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar para estudantes de diversos cursos relacionados às áreas de agronomia e pecuária, produtores rurais e proprietários de agroindústrias.

Serão 5 dias de eventos, com a realização de cursos, capacitações e palestras sobre bioeconomia, pecuária, café, mandiocultura , cacau, mel e olericultura, envolvendo mais de 20 convidados entre conferencistas, palestrantes, debatedores e moderadores.

O evento tem como objetivo expandir o setor produtivo, trazendo as novas tecnologias para a agricultura familiar, conhecimentos e estratégias para uma produção sustentável de alimentos, acompanhando as dinâmicas de exportação e ampliando sua inserção no mercado.

“Nós estamos com uma semana cheia de atividades, com temas diferentes, atendendo à demanda do mercado, dos produtores que estão em busca de informações para fazer os investimentos em suas propriedades e produzir com qualidade dentro das novas técnicas, sanidades e atendendo o apelo ambiental”, explica Edvan Azevedo, gestor adjunto da Seagri.

O Acre vem, ao longo do tempo, crescendo na cadeia da castanha, em uma série de outras cadeias ligadas à fruticultura e agora com o café. Foto: Mayara Montenegro/Seplan

No Brasil existem 5 milhões de propriedades rurais. Só na região amazônica são 800 mil agricultores familiares, fortalecendo essa transição ecológica tão importante para uma nova economia, baseada na natureza, dando visibilidade ao  trabalho de cadeias produtivas do café robusta amazônico e identificando a potencialidade do cacau nativo na região do Juruá.

Para Ana Euler, diretora de negócios da Embrapa/DF, as feiras agropecuárias são espaços extremamente importantes para que a empresa possa se aproximar do setor produtivo, favorecendo um diálogo de conhecimentos com estudantes, produtores e setoriais. “Na manhã de hoje falei sobre biodiversidade e sociobiodiversidade com tema sobre a bioeconomia como política que o Brasil vem liderando, dentro da sua presidência do G20, mostrando  uma política efetiva de combate e adaptação às mudanças climáticas, com intenção de apresentar essa liderança brasileira durante o próximo ano, na COP 30, unindo os setores de ciência, política pública, setor produtivo, conhecimento e educação”, contou.

A economia da floresta vai continuar florescendo no Brasil, que hoje já é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Foto: Mayara Montenegro/Seplan

Durante o evento, a chefe do Departamento Tático de Ações Vegetal do Idaf, Waldirene Gomes, apresentou o painel “Resultados Alcançados e Métodos Utilizados no Combate e Controle da Monilíase no Acre”, ressaltando o plano tático-operacional e os resultados positivos que o órgão vem alcançando.

“O Idaf vem realizando um trabalho de prevenção e monitoramento com combate e erradicação da monilíase no Acre, além de trabalhos educativos que envolvem produtores rurais, as escolas, a área técnica, para que não se expanda para outras regionais, evitando transtornos na área econômica”.

O Idaf é linha de frente no combate à monilíase, realizando ações em conjunto com os produtores. Foto: Mayara Montenegro/Seplan

O maior desafio da agricultura na Amazônia como um todo é a sua organização, e a sua profissionalização para poder dialogar com os mercados no âmbito local e dentro da política de segurança e soberania alimentar. Por isso, a prioridade do governo do Acre é instruir os produtores e apoiá-los na produção de alimentos nas diversas regiões do Acre, potencializando a economia de base agrícola.

Cooperacre é uma central de cooperativas e a maior produtora e exportadora de castanha. Foto: Mayara Montenegro/ Seplan

A agricultura familiar é exemplo de expansão em suas várias novas culturas, como café, açaí, mandioca, o cacau nativo e o maracujá, que é a fruta mais produzida na cidade de Capixaba. “Nossa cooperativa vai até o produtor colher o produto, que são as frutas, efetuamos o pagamento na hora e depois vendemos para a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre).  Maior exemplo de produtividade é a cidade de Capixaba, com produção de 40 mil quilos  de maracujás por semana. Ou seja, hoje o produtor trabalha com vontade, sabendo que será valorizado”, disse Nilva da Cunha, presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar (Coopasfe).

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