Após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestar preocupação com a reforma tributária, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, fez duras críticas ao projeto, que pode ser votado na Câmara dos Deputados ainda nesta semana, segundo previsão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Para o gestor mineiro, a proposta fere o pacto federativo e diminui a arrecadação de Estados e municípios. “Nós não podemos é ferir o Pacto Federativo e essa reforma está ferindo. Alguns municípios vão perder arrecadação vão perder autonomia e Estados, idem. Eu não quero amanhã como governador de Minas Gerais ter de ir a Brasília pleitear recursos que hoje caem no meu caixa”, disse.
“Parece que não está cheirando muito bem. Nós queremos tempo, vamos fazer uma série de propostas de alteração. Mas quero deixar claro queremos a reforma tributária”, acrescentou.
Zema também endossa as críticas feitas por Tarcísio sobre a criação do Conselho Federativo, que seria criado com a atribuição de gerir a arrecadação do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unificará ISS e ICMS. Na avaliação do chefe do Palácio dos Bandeirantes, a transferência do tributo recolhido em São Paulo para um órgão externo faria o Estado perder autonomia sobre sua própria arrecadação. A ideia original é que um Estado não fique devendo ao outro, uma vez que o imposto arrecadado durante as etapas de produção seria descontado e depois redistribuído às unidades da federação envolvidas. Para o governador mineiro, se cada Unidade da Federação tiver um voto, a influência dos campeões de arrecadação representaria uma força em desequilíbrio.