O Partido Novo aprovou o uso do Fundo Eleitoral nas eleições municipais deste ano. A decisão representa uma mudança no pensamento da sigla, que se recusava a usar recursos públicos nas campanhas.

“Diferente do outros partidos, colocamos critérios objetivos e claros para usar o Fundo, em que um dos pontos vai ser o da meritocracia. Isso tira a discricionariedade do diretório nacional de alocar recursos onde bem entender”, afirmou o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro.

A distribuição do valor pelos Estados será proporcional ao número de cidades, ao tamanho das chapas e à quantidade de eleitores. Candidatos e diretórios com mais doações privadas terão uma espécie de bônus. Haverá uma parcela extra para quem já está eleito e para líderes da legenda que conseguirem o maior número de contribuições financeiras. O Novo deve ter acesso a R$ 32 milhões dos R$ 4,9 bilhões liberados para o Fundo Eleitoral em 2024.

Eleições 2026

Eduardo confirmou que a sigla planeja utilizar, de uma vez só, nas eleições de 2026, todos os recursos dos fundos partidário e eleitoral não utilizados nos últimos pleitos e que têm sido acumulados nos últimos anos: “Hoje, eu defendo essa tese. Para sermos competitivos, temos que usar as mesmas armas dos nossos adversários. É necessário que o Novo consiga vencer as barreiras da cláusula de desempenho, volte a ocupar espaços e a crescer de maneira sólida como já estamos fazendo”, diz Ribeiro.

Nos bastidores a estratégia está sendo chamada de all-in, numa referência a um movimento no jogo de poker, que ocorre quando um jogador aposta todas as fichas em uma única rodada. “Realmente essa é uma questão que está sendo muito discutida internamente”, esclarece Ribeiro. Segundo informações, os valores devem girar em torno R$ 100 milhões.