Aos 74 anos, o escritor e filósofo Olavo Luiz Pimentel de Carvalho falece em virtude de problemas respiratórios que o acompanham desde a infância. Especula-se que o vírus chinês tenha sido o fator agravante em sua saúde frágil. Mas não é disto que trata o editorial: a morte não importa senão pela vida que se levou. Olavo viveu corajosamente, levando conhecimento a todos e expondo as hipocrisias das vacas sagradas da filosofia e da política.
Após o fim do Regime Militar, o pensamento político brasileiro entrou em período de trevas. Quem ousasse lançar mão de conceitos e teses não alinhados com o marxismo e a escola de Frankfurt era prontamente rejeitado como fascista e reacionário. Como um pregador solitário, Olavo sinalizou que jamais devemos permitir que colonizem as nossas mentes, que sejamos acorrentados pela preguiça intelectual, pelo autoritarismo e pela hegemonia cultural.
Em vida, conseguiu observar os primeiros frutos de seu hercúleo apostolado pela inteligência e pela liberdade. Seus livros encorajaram as novas gerações da política brasileira a romper com a hegemonia esquerdista e iniciar o processo de reconstrução do Brasil.
Não há uma só pessoa que tenha lido seu principal best seller, o Mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, e não tenha se sentido provocado. Para o professor Olavo, não existiam vacas sagradas no debate político. Tudo poderia e deveria estar sob constante debate.
A todo momento em sua vida, buscou remover o véu do pensamento único e do politicamente correto, demonstrando o quão perigosas eram essas ideias. Em sua morte, não poderia ser diferente. A celebração violenta e perversa da morte do professor Olavo por parte dos progressistas é a demonstração de que a estória barata de respeito aos mortos e empatia era tudo uma enorme farsa.
Olavo de Carvalho entra, com sua vida de amor ao Brasil e aos brasileiros, no panteão dos grandes heróis que se empenharam por nossa terra e nossa gente. Enquanto houver um brasileiro sequer que não se acovarde diante da ditadura do pensamento único, Olavo de Carvalho viverá.
Editorial