Nos últimos dias, o ex-senador Jorge Viana (PT) viveu um impasse jurídico para poder continuar à frente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Com a anulação de sua posse como presidente da Apex feita pela juíza Diana Vanderlei, da 5ª Vara Federal no Distrito Federal, com base no pedido de liminar protocolado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o petista teve que recorrer à Advocacia-Geral da União (AGU).
Sua falta de fluência em inglês dividiu opiniões. Mesmo a juíza dando 45 dias para comprovar a proficiência em língua inglesa para continuar no cargo, a AGU foi mais rápida. O desembargador federal Marcos Augusto de Souza concordou com o entendimento apresentado pela AGU no sentido de que Viana preenche os requisitos para ocupar o cargo. O martelo foi batido novamente, Jorge poderia continuar no cargo.
A manobra pode ter dado certo, mas a imprensa não perdoou o ex-senador. Durante todo o decorrer da semana, Jorge foi pauta dos maiores sites de notícias e jornais do país. Segundo matéria publicada pelo Estadão, à frente da Apex, Jorge estaria atuando para ganhar passagens de ida e volta ao Acre. Priorizando as agendas da instituição apenas em seu reduto eleitoral.
Participando da décima edição da Rondônia Rural Show, maior feira do empreendedorismo agropecuarista do Norte do país, Jorge explicou para os produtores a razão do foco da Apex na região Norte e Nordeste. Argumenta que as regiões estavam esquecidas e que o potencial de exportação, atrelado ao agro, deve ser explorado para desenvolver a região.
Discurso limpo e mudado. Muito diferente do que apresentava a duas décadas atrás. Jorge hoje planta café e diz enxergar as coisas de uma maneira diferente. Além de plantar café, a palavra agronegócio sustentável virou seu nome do meio. Seu novo grande objetivo? Exportar a carne do Acre rumo ao pacifico. Se Jorge Viana não conseguir de fato aprovar a exportação, de nada valeu essa briga toda para se manter no cargo. Convênios e discursos não serão soluções para nada.