As últimas eleições foram bem estranhas para o Partido dos Trabalhadores, tanto no Brasil quanto no Acre, os candidatos do PT tiveram que deixar de lado as suas velhas bandeiras vermelhas e as suas camisas com a estrela de lado, para adotar novas cores e símbolos.
O motivo? Se desvincular de todo o desgaste sofrido pelo PT durante o impeachment de Dilma Rousseff, Lava Jato e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, todos os candidatos na época, seguindo os seus marqueteiros, adotaram novas cores. A candidatura de Marcus Alexandre, candidato derrotado ao governo do Acre em 2018, seguiu as ordens, deixou o vermelho dentro da mala e começou a usar a cor verde.
Marcus negou que estaria escondendo a estrela vermelha – maior símbolo do PT – mas ficou claro, à vista de todos, as pretensões de se desvincular ao máximo possível do Partido dos Trabalhadores. A pretensa estratégia não funcionou, Marcus Alexandre sofreu uma esmagadora derrota contra Gladson Cameli, eleito no primeiro turno. Essa foi a maior derrota política do ex-prefeito petista, pelo menos até agora.
Fernando Haddad também adotou a mesma estratégia, mas não vamos falar das eleições presidenciais na coluna de hoje e sim focar nas eleições do Acre. Isso nos lembra que este é um ano eleitoral, impossível não saber, o acreano respira política, desde o final dos ramais de Sena Madureira até as casinhas às margens do rio Juruá em Marechal Thaumaturgo, todos sabem que esse ano terão de ir às urnas.
E após o fracasso de 2018/2020, o Partido dos Trabalhadores, cercado por alguns partidos da finada Frente Popular, tentam voltar à política acreana para tentar mais uma vez colocar em prática o seu funesto projeto político. E desta vez, sem esconder suas verdadeiras cores nem a que vieram.
Aparentemente, Jorge Viana já decidiu que será candidato ao Senado Federal. A diretoria do partido nem tenta mais negociar sua candidatura ao governo, que derreteu muito antes de começar. Para o senado, JV volta e meia aparece em primeiro lugar, é o que dizem as pesquisas pelo menos.
Nas entrevistas à imprensa, num tom de nostalgia, relembra da época em que tinha mandato, foi prefeito da capital acreana, governador e senador, por décadas esteve presente na política acreana, seu maior legado? A florestania e o atraso no desenvolvimento de todo um estado.
Voltando às origens, Jorge Viana retoma a bandeira vermelha do Partido dos Trabalhadores, com sua estrela vermelha, símbolo máximo da ideologia socialista e comunista, defraudada durante a revolução soviética e derrubada junto ao muro de Berlim. O muro caiu, mas os tentáculos e as influências da mais sanguinária ideologia política já vista pelas nações ainda é real.
Ameaça comunista? O tom da coluna de hoje não é esse, caro leitor. Sob velhas bandeiras ou disfarçados com novas cores, eles não enganam mais ninguém.