O coordenador do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, Orlando Sabino, falou, nesta quarta-feira (13), em entrevista ao JAC1, da Rede Amazônica, sobre as potencialidades econômicas do Acre. De acordo com ele, a Amazônia é uma potência mundial e uma marca muito requisitada em todo o mundo.
“Temos que ver que a Amazônia como uma potência, não podemos desprezar as potencialidades dos seus recursos naturais, a bioeconomia, que é um tema tão discutido hoje em dia, não pode ficar à margem de qualquer discussão sobre o processo de desenvolvimento da Amazônia,” diz.
Sabino pontua que embora a Amazônia esteja no foco do desenvolvimento, o estado já tem outras atividades que geram renda e empregam pessoas.
“É o caso do recente crescimento do agronegócio, da pecuária, que já é uma atividade muito tradicional no Acre e que iniciou desde os movimentos da década de 70 e hoje é o maior valor bruto na produção do setor primário, então, tudo vem da pecuária. Também estamos vendo o crescimento da produção de soja e de milho no Acre, que vem de uma forma muito concentrada. Não podemos esquecer da tradicional produção da mandioca. No Acre temos a maior produtividade média do Brasil desta produção tão importante que gera renda e é o segundo maior valor bruto da produção do nosso estado”, complementou.
O coordenador do fórum disse ainda que a pecuária é também uma das maiores riquezas do estado, mas que em relação à exportação ainda pode melhorar.
“A carne já está sendo exportada para outros países, embora os nossos frigoríficos ainda não estejam autorizados a exportar de forma plena, nós exportamos basicamente uns miúdos da produção bovina, ela já se torna a quarta maior potência das exportações do Acre. Mas, se os nossos frigoríficos forem autorizados pelo Ministério da Agricultura a exportarem diretamente, acredito que o potencial deste produto possa crescer muito mais na pauta das nossas exportações”, pontuou.
Uma das apostas do governo para que esse crescimento possa se tornar efetivo é a entrega da obra do Anel Viário na região de fronteira entre Brasiléia e Epitaciolândia. A obra, considerada estratégica, tem mais de 10 km de extensão e deve facilitar o tráfego pela rodovia interoceânica até o Peru. A previsão é que seja concluída no final do ano deste ano.
Sobre o Anel Viário, Sabino disse que a região do Alto Acre tem um grande potencial que pode ser melhorado e aprimorado.
“Estamos vendo um potencial muito forte se desenvolver no Alto Acre, que é a produção de suínos. A empresa Dom Porquito que foi instalada há cerca de 7, 8 anos e hoje é uma realidade e com um grande potencial. Vemos nas nossas estatísticas do comércio exterior o crescimento da exportação de suínos, uma cadeia produtiva muito forte onde participam produtores que mostram que pode sim gerar e irradiar essa prática em todo o estado do Acre.”
Plataforma “Amazônia Que Eu Quero”
A Plataforma “Amazônia Que Eu Quero” realizou ontem (13) o fórum “Modelo Econômico na Amazônia”, o evento aconteceu com transmissão simultânea no Youtube da Fundação Rede Amazônica.
Este foi o terceiro evento de uma série de 5 fóruns previstos na edição 2022 da plataforma – “Caminhos da Democracia”.
O objetivo da plataforma é discutir novas opções de modelo econômico para a Amazônia. Buscando-se elencar possibilidades reais de união da tecnologia com a utilização dos recursos naturais, gerando uma cadeia produtiva consciente, perene e sustentável, com benefícios econômicos e sociais para os amazônidas.
Por redação Diário do Acre, com informações do G1 Acre