Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, ao longo de cinco anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) teria gastado aproximadamente R$ 6 milhões de reais com escritórios de advocacia que teriam atuado na defesa de seus filiados na Operação Lava Jato. Lula e três ex-tesoureiros figuram na lista de beneficiados.
Em um dos escritórios, que recebeu R$ 911 mil entre 2017 e 2018, consta na Justiça Eleitoral que a fonte dos recursos é o fundo partidário, financiado com o dinheiro dos pagadores de impostos e destinado à manutenção dos partidos.
Em 2021, o PT foi advertido pelo Tribunal Superior Eleitoral, em virtude do propósito dos gastos. O partido, contudo, recorreu da decisão no Supremo Tribunal Federal e aguarda que a Corte bata o martelo sobre o caso.
Nesta sexta-feira (04) o jornal informou que entre as maiores despesas com honorários nos últimos anos estão as feitas com o escritório D’Urso e Borges, que defende o ex-tesoureiro João Vaccari Neto.
A banca, do ex-presidente da OAB-SP Luiz Flávio Borges D’Urso, recebeu, desde 2017, R$ 2,9 milhões do partido, em valores não corrigidos. Vaccari permaneceu preso, por ordem do ex-juiz Sergio Moro, de 2015 a 2019.