Paraguai declara Comando Vermelho e PCC como ‘organizações terroristas’

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, declarou o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital como “organizações terroristas internacionais”, segundo um decreto publicado nesta sexta-feira (31), após a megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o primeiro grupo, que, segundo fontes oficiais, deixou pelo menos 121 mortos.

“Designa-se as organizações criminosas transnacionais denominadas como ‘Comando Vermelho’ (‘CV’) e ‘Primeiro Comando da Capital’ (‘PCC’) como organizações terroristas internacionais”, afirma o decreto assinado pelo governante, com data de quinta-feira (30).

O decreto detalha que, após um “monitoramento permanente” por parte do Conselho de Defesa Nacional do Paraguai, que é chefiado por Peña e reúne, entre outras autoridades, os ministérios do Interior, Defesa e Relações Exteriores, determinou-se que as características operacionais destas quadrilhas, suas vinculações financeiras e o âmbito em que desenvolvem suas atividades ilícitas reúnem “as características de serem organizações transnacionais criminosas com traços de verdadeiras organizações terroristas internacionais”.

Além disso, adverte que “existem elementos suficientemente comprovados para sustentar que ambas as organizações criminosas transnacionais se encontram operacionalmente presentes” no Paraguai, com o que, segundo o documento, estendem ao território nacional “o alcance de suas atividades ilícitas”. No último mês de agosto, o governo do Paraguai declarou o chamado Cartel de los Soles, o grupo que os Estados Unidos vinculam ao governo da Venezuela, como uma “organização terrorista internacional”.

Anteriormente, em abril deste mesmo ano, designou como organização terrorista a Guarda Revolucionária Islâmica e ampliou essa denominação à “totalidade” das estruturas do grupo islâmico palestino Hamas e do grupo xiita libanês Hezbollah.

Já em agosto de 2019 o país sul-americano havia classificado como organizações terroristas as milícias armadas do Hezbollah e do Hamas, bem como a Al Qaeda e o Estado Islâmico, durante o governo do então presidente Mario Abdo Benítez (2018-2023).

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