Que Marcus Alexandre, candidato à prefeitura de Rio Branco, está fora do PT, isso já não é novidade pra ninguém. Está no MDB. Mas o que estamos vendo nessa reta final das eleições de 2024 é um verdadeiro festival de erros grotescos por parte de alguns que o cercam.
Há um claro sinal de desespero no ar, e o resultado é uma comunicação perdida, sem rumo, que reflete provavelmente a uma confusão interna – que deve ser bem séria. E a coisa vai além do erro de estratégia.
Os militantes que rodeiam Marcus estão tentando forçar uma narrativa que simplesmente não se sustenta.
Vi várias tentativas patéticas de ligar a figura de Marcus ao bolsonarismo, com slogans ridículos como “Sou Bolsonaro + Sou Marcus Alexandre”. Alguém me explica como isso faz sentido?
É o tipo de oportunismo barato que só engana os desavisados. Um movimento desesperado de quem tenta agarrar qualquer coisa no vento.
Mesmo com o forte financiamento do partido bolsonarista de Roberto Duarte, o Republicanos, a estratégia de um Marcus de centro – e não duvido que ele de fato seja – e com foco técnico, até fazia sentido. Havia lógica em deixar Lula de fora do material de campanha — e também em evitar aparecer ao lado de Marina Silva – como em sua última visita ao Acre. Mas essa tentativa de emplacar o slogan “Sou Bolsonaro + Sou Marcus Alexandre” foi um verdadeiro tiro no pé.
Quando focavam em um Marcus engenheiro, com aquele discurso técnico, voltado para os problemas da cidade, com o tom “centrão” típico do MDB, a campanha parecia fazer algum sentido. Mas agora, com essa tentativa de pegar carona em qualquer coisa que possa render, o cheiro de oportunismo contamina tudo e só revela que, no fundo, alguns estão meio perdidos.