As pesquisas recentes de intenção de voto para 2026, divulgadas ao longo desta semana, tem animado a direita de forma geral. Após o discurso da segurança pública ser alavancado com a operação no Rio de Janeiro e o PL antifacção, os governadores do espectro político voltaram a demonstrar maior unidade e as expectativas para uma decisão até dezembro do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre quem será o nome ao Palácio do Planalto voltaram a crescer.
“Retomamos a narrativa”, disse um nome importante da direita em São Paulo, depois de relembrar que o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil, por exemplo, e a pauta da anistia, tinham deixado a direita “mais longe” de uma possível vitória no ano que vem e ampliado a popularidade do presidente Lula. Na avaliação dele, a “briga” eleitoral no ano que vem contra a esquerda “não será fácil”, mas agora “voltamos a disputar em posição de igualdade”.
No Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o entorno de governador Tarcísio de Freitas também voltou a se animar. Para um auxiliar, que analisa a baixa rejeição do chefe do Executivo paulista quando comparado a outros nomes da direita, será difícil que a decisão de Bolsonaro não seja pelo nome do governador. “Tarcísio voltou a figurar como principal nome. E Bolsonaro sabe disso”, avaliou.
“Agora, com a possibilidade de que o ex-presidente passe para regime fechado e a anistia esfriada, acreditamos que o melhor caminho seja uma decisão mais rápida”, continuou. Como mostrou a coluna, Bolsonaro aguarda autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para discutir estratégias para 2026 com Tarcísio.
Em evento nesta quarta (12), Tarcísio foi tratado como presidenciável e voltou a falar em 2026: “A gente tem que mobilizar um time que pense e seja apaixonado por Brasil. Vamos apresentar esse projeto para o Brasil e esse projeto vai ser feito certinho, vai ser vitorioso no ano que vem, que é o que o Brasil merece. E aí nós vamos dar o salto que a gente tanto espera, porque eu não me conformo em ser eternamente um país do futuro”, disse.
Nesta quinta-feira (13), pesquisa Quaest divulgada mostrou que diferença entre Lula e Tarcísio em um provável segundo turno caiu pela metade em um mês: saiu de 12 para 5 pontos. Outros nomes, como Ratinho Jr., governador do Paraná, e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, também reduziram a vantagem do atual presidente.





